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10.1.07

iPhone: depois da euforia, a desilusão

O lançamento ontem do muito aguardado iPhone pela Apple fez transbordar a blogosfera de alegria e rasgados elogios.
24 horas depois começam as críticas, algumas que me parecem pertinentes, outras nem por isso:

  1. Teclado Virtual - quando se pensa em telemóvel, vêm-nos à cabeça uma pequena caixa com um ecrã em cima e teclas em baixo. O iPhone rompe com a tradição ao virtualizar o teclado. Só isso é o suficiente para afastar alguns potenciais compradores e levará muitos a pensarem que vão ter de lavar as mãos com mais frequência. Além disso, resta ver se o novo método é prático quando nos encontramos na rua com apenas uma mão livre.

  2. O quê? Sem 3G? - do ponto de vista dos operadores de telemóveis, o facto do iPhone não suportar 3G é um grande problema em termos de marketing e de potenciais receitas criadas com o tráfego de dados. Para os clientes "normais", isto pouco interessa, se de facto precisa de velocidades 3G então é melhor pensar em utilizar um computador portátil.

  3. Arquitectura fechada - ontem milhares de software-houses esfregaram as mãos de contente ao pensarem nas aplicações que podem desenvolver para o telemóvel. Hoje chegou a notícia que o sistema é fechado e controlado pela Apple. Até a poderosa Yahoo se veio queixar que não tem acesso à plataforma iPhone.

  4. Sem downloads de música - estranhamente, não é possível efectuar compras de vídeo e áudio directamente através da rede telemóvel. Isto obriga a possuir um PC ou Mac para efectuar a aquisição e transferência. Má notícia para os consumidores e péssima para os operadores.

  5. Sem memória auxiliar - é cada vez mais comum ver telemóveis, mesmo de baixo preço, com suporte de cartões de memória (SD ou outros). Ao não suportar estes cartões, o iPhone mais uma vez fica dependente do PC e limitado à memória que vem instalada. Não é prático ter de passar as suas fotografias para um computador antes de as ver no iPhone.

  6. Preço - será que existem muitos compradores dum telemóvel que custa 500 ou 600 Euros? E será que os operadores estão dispostos a subsidiar um equipamento que não é 3G - sobretudo partindo duma firma com quem nunca negociaram?


A bem da clarificação da minha opinião devo acrescentar que encaro o iPhone como um produto de entretenimento ao lado do delicioso LG Chocolate mas o meu coração continua a suspirar pelo novo Treo 680 da Palm.

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