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31.5.07

Palm ainda mexe

Com a forte aposta da Microsoft nos sistemas operativos para PDA e smartphones muitos vaticinaram o fim da Palm. Em vez disso - apesar desta perder margem de mercado todos os anos - encontra-se bem viva e com vendas saudáveis. Note-se que estou a falar da antiga PalmOne (a que faz os equipamentos) e não da PalmSource que ficou com o sistema operativo aquando da divisão da firma em duas.

Para muitos, a falta de inovação poderia significar o fim da companhia. O que é um facto é que desde o lançamento da linha Treo há meia dúzia de anos que não vem nada de novo daqueles lados a não serem produtos falhados como o LifeDrive.
Quando os abutres (Apple, entre outros) já rondavam a firma à espreita duma oportunidade de aquisição, a Palm surpreendeu ao lançar algo de verdadeiramente novo. Chama-se Foleo e eu quero um!

O que é o Foleo? Um smartphone? Um PDA? Um mini-portátil? Nada disso, a Palm chama-lhe "mobile companion" e é exactamente isso: algo para usar em conjunto com o seu telemóvel.

Grande parte do sucesso do Windows Mobile deve-se ao facto da Microsoft ter vendido a ideia que os equipamentos são capazes de fazer tudo o que os computadores fazem. Puro engano, quem tentar editar documentos do Word ou folhas de cálculo num equipamento sem teclado e ecrã diminuto cedo se resigna apenas a usar o caro pinxavelho apenas como um telemóvel mais esperto.

É exactamente onde o Foleo entra: "empresta" um ecrã decente de 10", teclado de dimensões razoáveis e recursos de processamento aos telemóveis que passam a funcionar apenas como se de um modem se tratasse.

Não é fácil vender um novo conceito (e a Microsoft que o diga com o Windows Tablet) e a Palm vai ter de batalhar para explicar aos consumidores aquilo que o Foleo é e, sobretudo, aquilo que não é. Mas aqui ficam os desejos de sucesso dum fã dos produtos Palm.

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30.5.07

Net: TMN dá desconto de 98.5%!

Finalmente! Após o meu desabafo sobre o elevadíssimo preço de acesso à Internet por telemóvel, a TMN parece ter respondido às minhas preces e lançou um novo serviço com o custo de 7.5€ mensais com 100MB de tráfego incluído. Ou seja, 66 vezes menos que o preço actual (100MB custa actualmente 500€!). Não é todos os dias que temos um desconto de 98.5%!

Ainda é carote mas pode ser que os operadores rivais sigam os passos da TMN e ofereçam acessos mais baratos.

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29.5.07

8GB na ponta dos dedos. Literalmente!

Há muitos anos que me habituei aos regulares recordes de miniaturização dos componentes electrónicos mas mesmo assim há situações que me espantam. Veja-se o caso dos cartões microSD (imagem ao lado) - a Samsung conseguiu encafuar 8GB num cartão que deve ter cerca de 1cm²!

Ou seja, capacidade de armazenamento quase equivalente a dois DVD nas pontas dos dedos. É obra!

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22.5.07

TV Móvel e vídeochamada são mesmo um êxito?

A RTP divulgou há um mês que teve mais de meio milhão de visionamentos na TV móvel (notícia no Diário Digital). Por sua vez, os operadores de telemóveis dizem ter havido quase milhão e meio de vídeochamadas no primeiro trimestre (ler no Tek).

Estes números parecem significativos mas significam que estes serviços são um sucesso? Confesso que nunca vi ninguém na rua, casa ou escritório a ver TV pelo telemóvel ou a efectuar uma vídeochamada. Tenho um palpite que você também não. Por onde andarão os utilizadores desses serviços?

A vídeochamada é uma péssima ideia desenvolvida nos anos 60 (confira na Wikipedia) que é promovida a grande inovação técnica sempre que se dá um salto tecnológico. Ainda há uns três anos a PT Comunicações encetou uma grande campanha a promovê-la na rede fixa com uns telefones todos hi-tech com ecrã. A adesão foi insignificante. Uma grande vantagem do telefone é podermos atender uma chamada de negócios em pijama ou falar de mexericos enquanto se vê a bola na TV.
Na altura em que foram apresentados os telefones de terceira geração, os operadores não se cansaram de tecer loas à vídeochamada. No entanto, vários estudos independentes revelaram a indiferença dos consumidores que apenas queriam chamadas mais baratas (a esmagadora maioria) e mais rápido acesso à Internet.

Quanto ao Mobile TV, tem tudo para ser um insucesso. Fora o inegável virtuosismo técnico, qual o interesse em ver TV num ecrã minúsculo onde não se conseguem ler as legendas dum filme e onde há dificuldade em vislumbrar a bola num jogo de futebol?

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21.5.07

Porque será que os grandes da Net ignoram Portugal?

Estava no outro dia a consultar o zeitgeist do Google onde, como sempre, os dados de Portugal não constam. Não faço ideia de qual o critério mas a dimensão ou riqueza não são de certeza porque encontram-se por lá dados de países mais pobres ou menos populosos que o nosso. Também não é pelo facto de não termos um escritório da firma por cá (vidé lista).

Isto levou-me a pensar mais uma vez numa questão que se colocou pela primeira vez na altura da "bolha" especulativa de há meia dúzia de anos: porque será que das principais firmas de Internet, nenhuma tem uma representação no nosso território?

Google, EBay, Yahoo, Amazon, MySpace e muitos outros têm representação em vários países da Europa e nunca entraram por cá. À excepção do Google nenhum destes tem sequer um site em Português. Será que é pelo desconhecimento ou insignificância do nosso País? Será pelos impostos e burocracia? Ou terá a ver com a status quo da net tuga onde dois grandes grupos - um maior que o outro - dominam a Net e podem torpedear o investimento estrangeiro nas lusas terras?

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15.5.07

"Toshiba lançou um disco rígido externo" e como se faz jornalismo em Portugal

Um pouco por toda a comunicação social Portuguesa tem aparecido a notícia que a Toshiba lançou um disco rígido externo de 200GB (ver news.google). Ok, os anteriores só iam até aos 160GB mas este equipamento decerto deve ter algo mais de interessante para merecer tanta divulgação?

Vejamos: em todo o lado é mencionado que a drive usa gravação perpendicular. Ok, mas há mais de um ano que as drives de maior capacidade já a usam. Em todos os lados, sem excepção, é mencionado que o disco tem 8GB de cache. Isto é notícia, os discos híbridos com memória flash estão a começar a aparecer e este talvez fosse o primeiro modelo externo a usar a tecnologia. Uma saltada ao site do fabricante e descobri que em vez dos 8GB, afinal só tem os habituais 8MB. Trinta segundos bastariam para os jornalistas descobrirem este erro grosseiro.

Já que estava com a mão na massa, comparei a cobertura dada ao lançamento em Portugal e nos Estados Unidos (news.google). Surpresa! Os media lá de fora acrescentaram algo mais à notícia do lançamento - sejam declarações de responsáveis da Toshiba, maiores e melhores detalhes sobre as tecnologias usadas, etc. Já dou de barato o facto desta notícia ter sido mencionada há quase um mês na generalidade dos países (16 e 17 de Abril).

Por cá fez-se jornalismo copy-paste: pega-se no comunicado de imprensa, dá-se uns toques e já está! Eis uma notícia genérica baratinha de produzir!

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11.5.07

Brasileiros: o factor 25%-75%

Há meia dúzia de anos o meu grande amigo Domingues (um abraço!) queixava-se da fraca participação de Portugueses num fórum luso-brasileiro. Segundo ele, os Brasileiros eram apenas um quarto dos visitantes mas contribuíam com três quartos dos conteúdos. No doMelhor assiste-se ao mesmo fenómeno.

Dois casos são estatisticamente irrelevantes mas tenho um palpite que esta é a norma, não a excepção.

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3.5.07

HD-DVD: Quando os advogados atacam!

Desde que em Dezembro um hacker conhecido por muslix64 conseguiu derrotar (ou contornar, para ser mais exacto) a protecção dos HD-DVD era uma questão de tempo até os advogados entrarem em acção.

Foi o que aconteceu neste últimos dias em que donos de fórums, sites e até o Google (leiam a carta ameaçadora) foram intimados a retirar toda a informação sobre como fazer cópias de filmes HD-DVD e Blu-Ray.

Obviamente que não vou advogar aqui a pirataria mas mais uma vez o que está a acontecer é uma consequência do facto dos patrões da indústria se preocuparem mais com os lucros do que com os direitos dos consumidores (legais, claro!).

As protecções introduzidas são de tal ordem que muitos dos que hoje estão a adquirir equipamentos audiovisuais não vão conseguir ver os seus novos filmes em alta definição. Aliás, foi exactamente esse o motivo que motivou muslix64 a desproteger os discos que comprou. Faz algum sentido fazer um forte investimento num plasma gigantesco, bom sistema de áudio, leitor HD e depois verificar que apenas consegue ver filmes com a resolução dos DVD actuais?

Os grandes estúdios, tal como as principais editoras musicais, hão-de perceber que não lucram em alienar quem lhes dá o dinheiro a ganhar. Na música, após a revolta dos consumidores, já praticamente desapareceram os CD protegidos e os downloads vão pelo mesmo caminho. Esperemos que a indústria dos filmes seja mais rápida a aprender a lição, para bem dos consumidores.

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2.5.07

Microsoft e o futuro da Web

Tenho estado a acompanhar o evento Mix07 promovido pela Microsoft e devo dizer que estou muito impressionado.

O conjunto de tecnologias anunciado indiciam um futuro risonho para a firma. Destaco apenas a grande estrela do evento: o Silverlight. Após ler alguma da documentação e ver algum código apercebi-me que este não é um rival do Flash (como se tem dito até agora) mas algo muito mais ambicioso: o Silverlight pode substituir o Flash, Java, Javascript e AJAX duma penada. Ou seja, tem o potencial para revolucionar a Web. Aplicações Web como o Google Docs vão ficar obsoletas quando a Microsoft lançar um Word baseado em Silverlight que tenha o aspecto e velocidade de resposta do Word nativo.

É de notar que o caminho que a Microsoft está agora a começar já foi percorrido por outros. Lembram-se da euforia em torno dos "Network Computers"? Ou mesmo das profecias da Sun sobre o futuro do Java?

Descendo um pouco à terra, ficaria contente se conseguisse instalar a versão beta do Silverlight no meu PC - que cumpre todos os requisitos mas mesmo assim o instalador diz que me falta algo (não diz o quê). Enfim, certas coisas continuam na mesma...

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