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17.1.08

PT vezes dois: duopólio em vez de monopólio 

A Multimédia (ex-PT Multimédia) anunciou hoje a compra da TVTel. Mais uma aquisição a juntar à Bragatel e Pluricanal. Resta-lhe comprar a Cabovisão para atingir o pleno do mercado do TV por cabo - uma situação terceiro-mundista que não deve ter paralelo no mundo Ocidental. Sem rivais fica de vez arrumada a questão das partilha das condutas da TV Cabo. Menos trabalho para as autoridades de concorrência da União Europeia (já que a AdC Portuguesa raramente dá prova de vida).

Podem argumentar que a concorrência da Multimédia agora não são só os outros operadores de cabo mas também a IPTV e a futuro TDT. É verdade. Mas a "outra" PT também anda entretida nas compras de operadores rivais na rede fixa e tudo indica as margens de mercado vão estabilizar em 75% para a PT, 20% para o Clix e 5% para os restantes operadores. Ou seja, vamos a caminho de mais um monopólio na rede fixa.

É um duopólio Multimédia-PT Comunicações melhor para nós, consumidores, do que um monopólio PT? Tenho as minhas dúvidas. Tudo somado, o spin-off da PT deu lugar a um monopólio ainda maior. E viva o Capitalismo à Portuguesa!

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15.1.08

Iupi! Reabriu a caixa de Pandora! 

Quem nunca experimentou um canal de rádio personalizado não sabe o que está a perder. Usei durante meses o excelente Pandora até os gigantes da indústria mandarem cortar a emissão para fora dos Estados Unidos. Tive que passar para o Last.FM mas os algoritmos do site não eram famosos e passavam muitas músicas que eu não gostava. Felizmente abriu o Global Pandora ("the box is open", dizem) onde finalmente podemos ouvir só a música que gostamos, 24 horas por dia e sem publicidade ou blah-blah.

Se gostarem, não se esqueçam de deixar um eurozito no chapéu ou então comprem uma assinatura anual pelo preço razoável de 25 euros.

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7.1.08

Banda larga móvel: "larga" só às vezes 

Este fim de semana pude aceder em minha casa à Net através duma placa de banda larga da TMN. Fiz assim o pleno de operadores dado que já tinha testado a Vodafone e Optimus.

O meu veredicto? Não pense em trocar a sua ligação com fios! No caso da TMN só por uns escassos minutos consegui aceder a velocidades decentes com o protocolo HSDPA (máximo: 7.2Mbps). De resto quase sempre só acedi em UMTS (384Kbps) e umas poucas vezes só deu GPRS/EDGE. Isto coincide com a minha experiência com outros operadores.

É muito prático ter acesso à Net em todo o lado mas alguém ainda tem paciência para estar a puxar um attachment a 30KB por segundo ou menos? Quem tem tido experiências positivas com a banda larga móvel pode sempre argumentar que o problema é com a localização da minha casa. Claro! Mas se eu tiver um problema com o cabo ou linha telefónica sei que o operador tem obrigação de resolvê-lo. Mudar de casa não é opção ;-)

Isto não quer dizer que não recomende a banda larga móvel, simplesmente esteja preparado para devolver o equipamento caso não obtenha um desempenho decente.

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2.1.08

Netscape: 1994-2007 

Um capítulo foi fechado com o anúncio da AOL de descontinuação e suporte do browser Netscape - de quem possui os direitos.

Chega assim ao fim a história dum browser que literalmente mudou o Mundo e dominou por completo a Web durante vários anos. Recordo ainda a primeira vez que usei uma versão de testes do browser e a excelente impressão que me deixou - sobretudo depois de usar o instável e pouco amigável Mosaic. Estavamos ainda na era do Windows 3.1 e ligações com o Mosaic e o Chameleon. A expressão "Tão fácil como ligar-se à Internet", como se diz agora num anúncio, era algo de absurdo tal a dificuldade e inúmeros engulhos na utilização da rede.

No final do ano de estreia do Netscape, Bill Gates afirmou que a sua firma ía investigar as potencialidades dessa coisa "nova" chamada World Wide Web. A Microsoft sempre na vanguarda ;-)

Até à versão 4.0, o Internet Explorer era uma autêntica anedota face ao maduro e estável Netscape. O que, mesmo assim, não foi um entrava à captura de mercado desse browser dada a sua associação ao Windows. Ter monopólios tem as suas vantagens...

Acossado pelo concorrente, o Netscape colapsou dada a dificuldade em manter um código velho, cheio de bugs e muito mal gerido. Depois de comprados os direitos do browser pela AOL, foi decidido que a única solução seria começar tudo de novo - o que mais tarde deu origem à Mozilla Foundation e ao Firefox.

Hoje poucos darão pela falta do Netscape, um sinal de que ter 90% do mercado numa determinada altura não quer dizer nada em tecnologia. Algo que a firma de Gates por vezes prefere ignorar: como se compreende que o IE6, com os seus inúmeros problemas, tenha tido que esperar 6 (seis!) anos por um sucessor?

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